COMO ENSINAR A CRIANÇA
Sempre que existe a necessidade de corrigir alguma coisa errada que a criança tenha feito, geralmente corrigi-mo-la colocando foco no que está mal. Contudo, a ciência, diz-nos que a forma mais eficiente é, em vez de corrigir o comportamento ou erro, é ensinar a forma certa de o fazer.
Ensinar o erro é reforçá-lo, é marcá-lo na mente da criança, é fazer a criança aprender o que está errado, ainda que, o nosso objetivo seja para não o fazer. Assim, o mais apropriado é explicar com muita calma como fazer e em certos caso até demonstrar.
Exemplos:
Um copo que foi partido: - pode dizer:
“Quando quiseres pegar em algo de vidro e for muito grande e pesado, pede ajuda” ou
“Podes usar as duas mãos para segurar o copo”
Sapatos no sofá: - pode dizer:
“Nesta casa não usamos sapatos em cima dos sofás” ou
“Nós usamos o sofá para nos sentarmos, podes pular na rua ou quando formos ao parque”.
A forma como comunicamos pode determinar a ação da criança, por isso mesmo, a forma de falar é uma importante ferramenta no entendimento e cumprimento de ordens.
Um SIM não pode ter o mesmo tom de um NÃO. Isso confunde a criança!
A criança ainda não tem capacidade para entender ironia, nem as entrelinhas é por isso que temos de ter atenção, ao tom da nossa voz, mas também à clareza da nossa mensagem, é importante que seja clara, objetiva e curta, sem, contudo, nunca perder a gentiliza como o fazemos.
Lembre-se de que somos o modelo. Se queremos silêncio, mas falamos alto, se pedirmos que a criança arrume o quarto, mas o nosso está todo desarrumando, se pedir que o seu filho deixe de ver TV quando a nossa está ligada o dia todo, ou que largue o telemóvel se nós próprios não o largamos não há como ser obediente. Mas se mostrar como fazer certo, verá que dar ordens não será mais necessário. Pais com autoridade não são pais autoritários. A autoridade existe quando a criança compreende o adulto. Autoritarismo existe quando a criança tem medo dos pais.